Ricardo Coutinho, pré-candidato: será que Mari e o povo paraibano ainda votarão em quem fez da política um meio de sobrevivência?



Ricardo Coutinho, pré-candidato: será que Mari e o povo paraibano ainda votarão em quem fez da política um meio de sobrevivência?


🏛️ De farmacêutico a chefe de Estado

Ricardo Vieira Coutinho nasceu em João Pessoa em 18 de novembro de 1960. Formado em Farmácia pela UFPB, iniciou sua atuação política nos movimentos estudantis e sindicais. Sua trajetória institucional foi ascendente:

  • Vereador de João Pessoa (1993–1998)
  • Deputado Estadual (1999–2004)
  • Prefeito de João Pessoa (2005–2010) – com duas gestões marcadas por obras e centralização de poder
  • Governador da Paraíba (2011–2018) – reeleito em 2014 com o slogan de “gestão moderna e eficiente”

Durante seus mandatos, Ricardo acumulou prestígio e influência. Era visto como um político técnico, combativo e pragmático. Mas também foi acusado de autoritarismo e de manter um controle político baseado em alianças, cooptação e promessas institucionais. Sua figura se tornou tão poderosa que passou a ser referência estadual — e também um alvo.


⚠️ A queda: a Operação Calvário

Entre 2018 e 2020, o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público deflagrou a Operação Calvário. O alvo: uma suposta organização criminosa instalada dentro do governo do Estado, que teria desviado mais de R$ 130 milhões em contratos com organizações sociais para administrar a saúde e a educação da Paraíba.

Ricardo Coutinho foi apontado como o líder político da ORCRIM — organização criminosa — que, segundo os promotores, operava por meio de contratos fraudados, propinas, lavagem de dinheiro e uso político de recursos públicos.


🙋 Delações premiadas que abalaram o governo

As delações premiadas foram essenciais para o avanço da investigação e apresentaram relatos que comprometeram diretamente o ex-governador:

  • Daniel Gomes, ex-diretor da Cruz Vermelha e operador do esquema, afirmou:

    “Ricardo era o líder indiscutível”.
    Disse que entregava propina mensalmente ao governo, além de atender pedidos para furar a fila do SUS em favor de aliados políticos.

  • Livânia Farias, ex-procuradora do Estado, relatou entrega de R$ 4 milhões em espécie para a campanha de reeleição de Ricardo em 2014, além da distribuição de recursos a deputados aliados:

    “O governador autorizava e determinava o repasse”.

  • Bruno Donato, assessor jurídico, revelou entrega de caixas de bebida com dinheiro vivo em Campina Grande para financiamento eleitoral.

  • Waldson de Souza, ex-secretário de Planejamento, detalhou a montagem de licitações fraudulentas, beneficiando empresas e operadores.

  • Diversos delatores relataram medo de Coriolano Coutinho, irmão de Ricardo, apontado como figura de influência direta e ameaçadora dentro da organização, a ponto de alguns solicitarem proteção policial para depor.


🚨 O dia da prisão

Em 19 de dezembro de 2019, Ricardo Coutinho foi preso ao desembarcar no aeroporto de Natal, vindo da Europa. Era o auge da 7ª fase da Calvário, batizada de “Juízo Final”.

A imagem do ex-governador sendo conduzido por policiais federais repercutiu em toda a Paraíba. Em João Pessoa, Campina Grande, Guarabira e Mari, o espanto tomou conta dos grupos políticos.

Dois dias depois, o STJ concedeu habeas corpus, mas o estrago já estava feito: sua reputação pública estava duramente atingida.


🧑‍⚖️ Desdobramentos na Justiça

Desde então, Ricardo passou a responder a várias ações penais. O STF determinou, em 2021, que parte dos processos fosse enviada à Justiça Eleitoral, por envolver também crimes eleitorais, como falsidade ideológica e lavagem de dinheiro em campanhas.

Além disso, o TSE declarou Ricardo inelegível por oito anos, contados a partir de 2014, por abuso de poder político e econômico. Isso o impediu de concorrer em 2022, mas abre espaço para 2026 — ano em que ele já articula seu retorno como pré-candidato a deputado federal pelo PT.


🤔 E agora? Vai ter palanque para Ricardo em Mari?

Cidades como Mari, que já tiveram vínculos políticos com o grupo de Ricardo, agora enfrentam um dilema: voltar a apoiar um nome tão questionado ou buscar novas lideranças?

Será que lideranças locais — vereadores, ex-prefeitos, articuladores — vão subir no palanque com alguém acusado de chefiar o maior esquema de corrupção da história do estado?

Será que Mari — cidade de tantas carências e lutas populares — vai novamente entregar sua confiança a quem teve sua gestão manchada por denúncias, áudios vazados e milhões desviados?


❓O povo vai esquecer?

Será que os paraibanos esquecerão? Será que o eleitorado, cansado de escândalos e da política como profissão, vai mais uma vez eleger quem foi preso, delatado e acusado por seus próprios aliados?

Será que cidades como Mari, que lutam por dignidade e respeito, vão dar palco a quem fez da política um meio de sobrevivência, um instrumento de poder pessoal?


✅ Conclusão

Ricardo Coutinho tem uma história pública cheia de méritos, mas também cheia de manchas profundas. Hoje, seu nome carrega peso — e não só político. Ele é lembrado tanto pelas obras quanto pelas algemas.

O povo de Mari — e da Paraíba — tem diante de si uma escolha: reviver o passado ou virar a página?
A política paraibana está pronta para mais um retorno? Ou é hora de dizer: basta?


Se quiser, posso adaptar esse artigo para Instagram, blog, panfleto, vídeo ou matéria jornalística. Deseja alguma versão especial?

Comentários

Leiam todos os artigos de nosso blog

Prefeito Antônio Gomes, Vice Prefeita Lucinha da saúde e Presidente da Câmara batem o martelo!

A esposa de Alan Gomes e o Segredo da Botija!

POLITICA MARIENSE: Lucinha Da Saúde, a Vice-Prefeita da união.