O NASCIMENTO DA AMADA MARI!
Mari: quando a terra virou cidade e o sonho virou lei
Em um 19 de setembro de 1958, sob o calor sereno do agreste paraibano, uma caneta traçou mais do que linhas sobre o papel: escreveu o nascimento oficial de um povo. Foi neste dia, há mais de seis décadas, que a então vila de Mari foi elevada à categoria de município, através da Lei nº 1.862, assinada pelo governador Pedro Moreno Gondim. Nascia ali, oficialmente, a cidade de Mari, no coração da Paraíba.
> "Mari já era grande antes de ser município. Só faltava a certidão."
O novo município não era apenas uma divisão geográfica. Era o reconhecimento de um povo trabalhador, de raízes profundas e sonhos grandes. Um povo que, mesmo antes de ter seu nome em letras de lei, já se fazia presente pelos caminhos de barro, pelas feiras animadas e pelas orações sussurradas diante de São Sebastião, padroeiro da terra.
> "A cidade foi criada na caneta, mas nasceu do chão batido, das mãos calejadas, da fé em São Sebastião."
A lei que criou Mari delineou seus limites com poesia invisível: nas trilhas que ligavam Guarabira, Pilar e Sapé, nos riachos e veredas que desenhavam o mapa como dedos de um destino ancestral. Cada marco citado na legislação parecia apontar não apenas uma fronteira física, mas uma história viva — de fazendas antigas, de lagoas serenas e de encontros de caminhos que hoje se tornam encontros de vidas.
> "Minha avó contava que todo mundo se arrumou como pra um domingo de missa quando soube que Mari ia ser cidade. Era o orgulho de um povo que esperou com paciência."
Até que chegassem as eleições, dizia a lei, o município seria governado por um prefeito nomeado, e sua câmara teria sete vereadores. Mas mais que números, tratava-se de plantar a semente da democracia local — da voz do povo, agora legitimamente ouvida.
> "Quando Mari virou cidade, foi como se o coração do povo começasse a bater mais forte. Eu era menino, mas lembro da festa, da fé e da esperança.
E assim, naquele setembro, Mari deixou de ser apenas um nome no caminho entre cidades maiores. Passou a ser destino. Passou a ser lar. Passou a ser nossa Mari, onde a história continua sendo escrita — agora não apenas em decretos, mas nos corações de cada mariense.
Redação
Jornal Mariense Sim Senhor
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