PEDRO TOME DE ARRUDA: Segundo Prefeito de Mari.
Pedro Tomé de Arruda: O Prefeito da União e do Trabalho
Era 11 de agosto de 1963, um domingo marcado não apenas por votos depositados em urnas, mas por esperanças costuradas em silêncio no coração do povo de Mari. Naquele dia, a pequena cidade paraibana celebrava sua jovem democracia com a escolha, por voto direto, de seu segundo prefeito: Pedro Tomé de Arruda, homem simples, de fala firme e olhar voltado ao futuro, filiado ao Partido Social Democrático (PSD).
Ao lado dele, a Câmara Municipal também ganhava novos representantes: João Teófilo Pereira, Manuel de Paula, Magalhães Figueiredo e João Antônio dos Santos, eleitos pelo PSD. Já pela União Democrática Nacional (UDN), conquistaram assento os senhores Antônio Gomes de Alcântara e Henrique da Silva, e pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), João Ferreira da Silva ergueu a voz de sua legenda. Era o desenho de um novo tempo político, onde as vozes do povo ecoavam com mais força e pluralidade.
O Prefeito Construtor de Sonhos
Pedro Tomé não era apenas um político. Era um homem de ação, de chão e de mãos calejadas pelo compromisso com a sua gente. Seu mandato não se fez apenas em palavras, mas em obras concretas, que fincaram raízes no solo de Mari como testemunho de um governo voltado ao povo.
Logo vieram as luzes da instalação elétrica, rompendo o breu das noites e trazendo progresso a cada lar iluminado. Em seguida, ergueu-se o posto de saúde, a primeira fortaleza da cura e do cuidado. O matadouro público, símbolo de organização e saúde pública, também nasceu desse tempo, como expressão de ordem e desenvolvimento sanitário.
Mas Pedro Tomé não parou por aí. Criou também o Clube de Mães, espaço de união e partilha para mulheres que, até então, não encontravam voz nem vez. As avenidas e ruas, antes marcadas por poeira e lama, começaram a ganhar calçamento, por onde os sonhos passaram a caminhar com mais dignidade.
Talvez uma das maiores conquistas de seu mandato tenha sido a criação do Colégio de Mari, que deu à juventude local um novo horizonte: o da educação, da leitura, da transformação. E foi sob seu olhar visionário que se lançou também a pedra fundamental da Casa de Saúde e Maternidade Sampa Tercília, promessa de vida, de nascimento e de acolhimento para as gerações futuras.
A Bandeira que Nasceu do Povo
Mas foi no ano de 1968, no dia 19 de setembro, que Pedro Tomé eternizou um dos mais belos símbolos da história mariense: a bandeira do município de Mari. Mais do que pano e costura, ela era a alma bordada do povo.
Com seu amarelo, representava o brilho dourado dos campos de abacaxi, cultura que sustentava famílias e adoçava as mesas do Brasil. Com o verde, exaltava a tradição do fumo, lavoura de resistência e trabalho. No centro, o mapa geográfico da cidade repousa sobre as palavras que ecoam até hoje nos corações marienses: “União e Trabalho”.
Era como se Pedro Tomé tivesse, naquele gesto, traduzido a identidade de Mari em símbolo e orgulho, para que cada cidadão se reconhecesse na bandeira que tremulava ao vento da esperança.
Legado de Terra Firme
A história de Pedro Tomé de Arruda não é apenas a de um prefeito. É a de um homem que plantou futuro, que pavimentou caminhos, que trouxe luz, saúde, educação e dignidade a uma cidade em formação. Seu governo foi um marco. Seu nome, uma lembrança viva de tempos de construção.
Mari, ao longo dos anos, cresceu e floresceu, mas jamais esqueceu daquele tempo em que a palavra “progresso” se misturou ao suor, à coragem e ao amor de um líder que soube escutar o povo e sonhar com ele.
E assim, Pedro Tomé de Arruda permanece na memória não apenas como o segundo prefeito eleito de Mari, mas como o prefeito da bandeira, da luz e das ruas — o prefeito da União e do Trabalho.
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