FELIZ ANIVERSÁRIO, Marcos Martins: o ex-prefeito que passou 12 anos na prefeitura e deixou mais processos que obras
Marcos Martins: o ex-prefeito que passou 12 anos na prefeitura e deixou mais processos que obras
Mari, cidade pequena mas de povo arretado e sabido, conhece bem a história de seus governantes. E quando se fala em Marcos Aurélio Martins de Paiva, mais conhecido como Marcos Martins, o que vem logo na cabeça é um homem que teve 12 anos para governar, mas que terminou com um rastro pesado de condenações, processos e rejeição da Justiça.
O que fez Marcos Martins?
Durante três mandatos consecutivos, entre 2004 e 2016, Marcos Martins esteve à frente da Prefeitura de Mari. Um tempo mais que suficiente para mostrar serviço, cuidar da saúde, educação, infraestrutura e melhorar a vida do povo.
Mas, infelizmente, o que o povo viu foi o contrário.
Enquanto as escolas passavam aperto com falta de merenda, os pacientes tinham que ir para a policlínica em cima de carroça de jumento — uma imagem que retrata o abandono da saúde na cidade — Marcos Martins acumulava problemas, escondia informações públicas e deixou o povo no escuro.
Processo atrás de processo
O que mais marcou a gestão de Marcos Martins foi a sua história judicial — que não é pouca coisa, não.
Crime de responsabilidade e falta de transparência
Ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba por crime de responsabilidade, porque não cumpriu a Lei da Transparência nem a Lei de Acesso à Informação. Isso quer dizer que, durante sua gestão, ele escondeu do povo os dados sobre o uso do dinheiro público, burlando a obrigação de prestar contas.
Por isso, recebeu pena de três meses de detenção em regime aberto, que acabou sendo convertida em multa, mas principalmente, foi declarado inelegível por 8 anos — o que significa que não pode disputar eleição.
Tribunal de Contas da União (TCU)
Não para por aí.
O Tribunal de Contas da União encontrou irregularidades graves nas contas referentes a recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), usados na gestão dele em 2016. O TCU determinou que Marcos Martins devolvesse mais de R$ 400 mil reais aos cofres públicos e ainda pagasse multa de R$ 160 mil, por falta de prestação de contas correta e má aplicação do dinheiro da merenda escolar.
Justiça Eleitoral e inelegibilidade
Quando tentou voltar a disputar a prefeitura em 2024, Marcos Martins viu sua candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral.
O juiz da 4ª Zona Eleitoral de Mari julgou procedentes as impugnações que apontavam a inelegibilidade do ex-prefeito, baseada principalmente na condenação criminal por crime de responsabilidade.
O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) confirmou a decisão, mantendo o indeferimento da candidatura. E o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também negou o recurso dele, dando o golpe final e confirmando que Marcos Martins está fora da disputa eleitoral por causa da ficha suja.
E o povo? Sofreu o abandono
Enquanto tudo isso acontecia na Justiça, o povo de Mari sofria.
Faltava merenda na escola, faltava remédio na farmácia, faltava saúde de qualidade. O transporte para a policlínica era precário e a educação maltratada.
A prefeitura parecia que só existia para quem estava na rua, na campanha ou nos eventos políticos — mas para a população, faltava o básico.
Tentativas de apagar a história
Hoje em dia, tem muita gente tentando pintar Marcos Martins como um grande líder, uma figura importante que pode voltar ao poder.
Mas essa é a mesma liderança que ficou marcada por processos, condenações e abandono.
Um dos deputados que ele sempre bajula e usa para se fortalecer, só apareceu em Mari uma vez em quase quatro anos — mostrando que essa liderança não é para o povo, mas para interesses pessoais.
O saldo final
Mari conhece o passado, conhece as promessas não cumpridas, os processos, a merenda que faltou, a saúde que não funcionou.
E o povo sabe que 12 anos no poder é tempo demais para não deixar nada de bom.
Por isso, Marcos Martins hoje é lembrado mais pelos processos e condenações do que por qualquer legado positivo.
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