Reflexão: Cuspir no prato que comeu. A natureza da ingratidão!
No nordeste brasileiro, todo parente que tem contato com sua avó em diversas oportunidades observa atentamente, suas frases muito bem encaixadas, no seu monólogo de sabedoria, e entre uma das celebres frases encontramos: “Não Cuspa no prato que comeu”.
E esse pensamento, para quem é nordestino,
com o passar da idade vai enraizando-se no fundo do coração. Na vida, com o passar do
tempo, quando nos deparamos com atos de ingratidão, a voz da sabedoria da amável
senhora parece surgir falando, “não cuspa no prato que comeu”.
É difícil hoje encontrar ingratidão
por aqueles que em algum momento, aproveitaram de seu serviço e disponibilidade?
É difícil hoje encontrar que a mão que foi ajudada, apoiada, orientada, agir
armada em uma emboscada contra sua moleta de outrora?
Na reflexão popular, o cuspir carrega
alegorias inteligentes para descrever comportamentos variados, seja no cuspir do
prato como ingratidão, cuspir no chão como sinal de tempo, cuspir na cara como desprezo,
cuspir falando como falta de higiene. Já na passagem bíblica, Cristo Jesus,
cuspi e gera cura do aflito de milagre.
No mundo da relação social contemporânea,
observamos que o tal do cuspir, virou um problema sanitário epidêmico. Visto que,
basta olharmos sobre o ombro “esquerdo”, lá vem a ingrata saliva no prato. E a
multidão atenta aos sinais, comentam entre si, “Quem comeu do prato, hoje cuspi”.
Nisto, avançamos, observamos e pensamos,
parafraseando o pensamento de Euclides da Cunha, que o Nordestino é antes de
tudo forte, acrescentamos, “Nordestino é antes de tudo forte, porém não besta”
Enfim,
como diz o paraibano, José Ramalho: “Tô vendo
tudo, tô vendo tudo, Mas fico calado, faz de conta que sou mudo”.
Redação
Jornal Mariense Sim Senhor

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